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Confira a Letra Veneza Brasileira

ZNPE

Veneza Brasileira

Aqui é 081 maluco, presta atenção!
Terra de Luiz Gonzaga, Chico Science e Lampião
Terra de Paulo Freire e de Francisco Brennand
Mas tem criança no farol, vendendo maçã
Subúrbio de Recife paraíso aqui não é
Favela da zona norte vacilou não para em pé
Região pacífica? Haha, Que ilusão

Tem corpo desfigurado achado lá no lixão
Pergunta pro moleque o que é viver no limite
Vendo o corpo boiando no Rio Capibaribe
Sem estudo, emprego fixo, mó firmeza
Vendendo amendoim no T. I Joana Bezerra
Seu único diploma é de ex presidiário
E o sonho do filho era ser advogado
Sonho destruído não conseguiu se formar
Foi brutalmente assassinado na Conselheiro Aguiar

São vidas humanas que ninguém se importa
Mias uma criança baleada com a roupa da escola
Até onde vamo chegar dessa forma?
Vendo os meus brothers morrendo por causa da pedra nervosa

Queria narrar um cotidiano diferente
Falou de amor, paz felicidade cê me entende?
Mas eu tenho fé, quem acredita conquista
Pois, bem aventurados aquele que tem sede de justiça
Meu relato é verdadeiro e não tô de brincadeira
Sou mais um sobrevivente da Veneza Brasileira
Meu relato é verdadeiro e não tô de brincadeira
Sou mais um sobrevivente da Veneza Brasileira

Encantos mil, um pedaço do Brasil
Com taxa de homicídio superando os quatro mil
Então não vem falar que o nordeste é região pacata
Assalto no ponto do ônibus, uma mulher baleada

Fim de ano foi perverso e cruel
Que Deus o tenha em um bom lugar mano Ezequiel
Mano não era envolvido em crime nenhum
Foi assassinado no bar do Guaiamum
Uma das vítimas de chacina em plena noite de Natal
Quebrada Macaxeira foi panico geral
Não foi capa de jornal, nem destaque nacional
Só cinquenta segundos no tele-jornal
Infelizmente é mais um crime sem solução
Uma cena triste de partir o coração
Pra família o sentimento de revolta
Que vai ficar guardado pra sempre na memória

Então, presta atenção, que o bagulho é nervoso
Zona norte de Recife direto dos calabouços
Do ódio, da dor e da angústia (da angústia)
Em vários peão sempre trobando com a viatura
É a vida rotineira na periferia
O maluco sendo lixado no Largo Dona Regina
Tentou furta a residencia, quebrou só o ferrolho
É o que a droga faz te leva ao fundo do poço
Mano nem entre na droga, não seja escravo do vício
Vai por mim irmão isso é conselho de amigo
Meu parceiro se foi de forma cruel e covarde
Mano Moisés Shaowlin ainda sinto saudade
Das zoeiras na quebrada, dos rolês
Era Dce firmão com a Sdc
Meu relato é verdadeiro e não tô de brincadeira
Sou mais um sobrevivente da Veneza Brasileira
Meu relato é verdadeiro e não tô de brincadeira
Sou mais um sobrevivente da Veneza Brasileira

De esgoto a céu aberto, barraco de madeira
Sou mais um sobrevivente da Veneza Brasileira
Com o prato sem mistura o bebê sem mamadeira
Sou mais um sobrevivente da Veneza brasileira

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