Quero um amor que incomode
Que rasgue páginas e não diga adeus
Quero um amor que sopre um beijo
Que não desgrude e que não duvide
Quero um amor que me desperte
Que me observe em dias de salvamento
Quero um amor versátil, portátil
Brinquedo dos tempos, lembrança presente
Quero um amor de óculos escuros
De sábias palavras e mãos macias
Quero um amor que chegue ao céu
Que vista o véu e volte ao acaso
Quero um amor que minta verdades
Que suje as mãos, que limpe depois
Quero um amor totalmente piegas
Quero um amor que me ame
Quero um amor que bata na porta
Que arrombe a porta, que seja, que sirva
Quero um amor que sorria de dia
Que preso, seja livre na minha noite