Da sujeira eu tiro o vício
Pra suportar a dor no ofício
Daquela janela eu pulo
Pra cada remédio que engulo
Pra cada palavra marcada
Meia frase sem sentido
E passa mais um ano da vida
Que eu não tenho vivido
Pra cada jura eterna
Outras promessas vão sendo lavadas
Pra cada caixão aberto
O homem não sabe o que o espera
O futuro entre os erros
E a cara limpa cheia de vergonha
Vou beber e vou encarar
O medo que você me mostrou
Vou esquecer vou entregar
Com a arma que não sou sofredor
Vou enganar o velho e o filho
E no passado buscar um escudo
Pra esses dias que não me dão nada
E eu precisando de tudo
Pra cada jura eterna
Outras promessas vão sendo lavadas
Pra cada caixão aberto
O homem não sabe o que o espera
O futuro entre os erros
E a cara limpa cheia de vergonha