Ferradura enferrujada
Sobre a soleira da porta
O quebranto fica fora
E não entra o guampa torta
Um ferrão de quero-quero
Sete cabeças de alho
Um guizo de cascavel
E um São Jorge de baralho
Já mandei fechar meu corpo
Jesus, Maria, José
Vou botar meu brevê novo
De pena de caburé
Tição cruzado no fogo
Te garanto que é um estorvo
Não se mata João-de-barro
Nem se dá tiro no corvo
Não durmo com os pés pra rua
Não sento em mesa de doze
Evito velar defunto
Porque não gosto da pose
Praga de noiva enjeitada
É igual que coisa feita
Pior que pisar em despacho
De milho e galinha preta
A praga ataca por baixo
E o índio perde a tenência
De nada vale amendoim
Nem os recursos da ciência