Essa história é de um tal de Aparício
Índio maleva e muito mal acostumado
A fazer confusão em festas mui gaúchas
Abre a cordiona e o banjo companheiro!
Aparício era um índio largado
Morador lá da costa da serra
Malandrão, muito namorador
Nos fandangos lá da sua terra
Quando ia dançar vaneirão
Só dançava bem agarradinho
Era só na base do apertão
E a mulher reclamava baixinho
Não aperta Aparício, não aperta
Não aperta Aparício, não aperta
Não aperta Aparício, não aperta
Que esta história vai ser descoberta
Se o velho meu pai está espiando
Dá peleia e dá morte na certa
Certas horas o tal de Aparício f
Oi dançar uma vaneira marcada
Convidou uma morena gorducha
Que por ele estava apaixonada
E o salão tava muito apertado
Era só naquele pega e puxa
Aparício dançava e pulava
E apertava a morena gorducha
Não aperta Aparício, não aperta
Não aperta Aparício, não aperta
Não aperta Aparício, não aperta
Dava gosto de ver esta cena
A morena empurrava o Aparício
E o Aparício puxava a morena
De repente o velhão da gorducha
Era um tal de Maneca Porpício
Sapateava e gritava na sala
- Hoje é eu que aperto o Aparício!
E traçou-lhe o tatu no candieiro
E o baile ficou no escuro
Só se ouvia cochichos de velhas
E mulher que gritava em apuro
Aperta Aparício, aperta!
Aperta Aparício, aperta!
Aperta Aparício, aperta!
Só se ouvia gritar: Ala puxa!
O Porpício apertava o Aparício
E o Aparício apertava a gorducha
Não aperta Aparício, não aperta
Não aperta Aparício, não aperta
Não aperta Aparício, não aperta
Que esta história vai ser descoberta
Se o velho meu pai está espiando
Dá peleia e dá morte na certa