Tempo corre nada falo
Sinto e ouço tanto e apenas pouco abro
Para vir você meu bem
Para irmos mais além
Sinto o frio recobre a pele
Nesse tão vazio do rio que a tarde eleva
Com o seu cantarolar
Vem em bando nos saudar
E eleva, nessa tão saudosa Terra
Que nos leva a sentir mais que ela
Água seca terra jorra
Luz e sobra se incorporam
Nessa dança de um sábio sonhador
Fechando os olhos contra a dor
Madeira tomba, racha e corta
Sinto a brasa do calor
Do lenhador que não percebe o meu cantar
Da minha morte a se expressar
E eleva, no sentir do grito dela
A tupã, o Deus da Terra