Onde estou? Onde estarei amigo?
Pois só vejo a brisa soprar em meu rosto
Não sinto a frescura de um teto, de um abrigo
Nem o calor aquecedor de um corpo
Eu sou aquela criança abandonada
Que foi um dia deixada sobre a calçada
Cresci com o rosto coberto de medo
E ainda vivo jogado nas ruas do desprezo
Criança amiga de uma ilusão perdida
Que veio ao mundo pelo símbolo da vida
Não teve a sorte de encontrar o que buscou
Pelas ruas cresceu, pelas ruas ficou
São tantas vidas implorando nas ruas
Por uma ajuda que sempre tarda a chegar
São filhos adotivos do Crack e da Cocaína
São sonhos que voam e se perdem no ar