A minha esperança virou maldição
Há algum tempo
Em devaneios eu me lembro
Da sonhadora que eu fui
Não, não é sobre quem eu seria
Se não fosse aqueles tombos
É sobre quem eu sou
Apesar disso tudo
Estou em teia e não posso fazer
O que der na telha
Não posso ser iluminada
Pondo no escuro os meus
No ecossistema dos poderosos
Que dizem seguir o pai nosso
Somos todos dias a caça
Prisioneiros na própria casa
Somos a terra prometida
Pra crucificar cada um de nós
E nessa rede de mentiras
Ver a realidade dói
Eles pregam a santidade
E idolatram quem só tem maldade
Nessa distorção do que é Deus
Bem que eu prefiro ser ateu