Tiburinho pequenino
Filho da floresta do nosso Brasil
Tiburi, valente, guerreiro
Do sertão inteiro o mais baroni
Com a sua voz cristalina
Cantava como rouxinol
As suas lindas canções
A mais bela ao nascer do Sol
Grande amigo dos passarinhos
Sempre cantando, feliz tiburi
E ouvindo a voz em segredo
Doce cantar da pomba juriti
Tiburi do sertão bravio
Que não temia nem a solidão
Era o servagem colibri
Mas no seu peito tinha um coração
Em uma tarde triste tiburi
Ele perdido por entre as flores
E nesta noite perdeu-se essa voz
Porque foi preso pelos caçadores
Tiburi, como um prisioneiro
Partiu chorando em paixão doída
Deixou distante, sua mata virgem
Deu disse adeus na triste despedida
E na cidade ele foi morar
Não via mais a frecha e a floresta
Não ouvia mais o rio e a cachoeira
E a passarada cantando em festa
E a saudade foi lhe apertando
Lá do sertão e da juriti
Como punhal cravou em seu peito
Em uma noite, morreu tiburi