2025, rap legítimo
Eu continuo vivo
A286, vivos
Não escolhi o mais fácil
Eu abri meu próprio caminho
Atuante íntegro, um brinde pra nós vivos
Como sementes ao vento
Germino em terrenos inesperados
Antiquadamente contemporâneo, Reinaldo
Sem pressa, sem apego, sem desespero no papo
Só quero o que é meu por mérito
O fim do que vem pela sorte é trágico
Agradecer por ainda tá aqui
Depois do que fiz, tudo que vivi
Precisei que alguém me salvasse de mim
Não tiveram tempo hoje querem conselhos
Acostumado a não ser escolhido
Tive que aprender escolher
Ninguém vivi sozinho, tive que aprender
Chegar mais perto, olhar mais de perto
Tenta ver direito
Que resistia a medalha que adorna o peito
É que às vezes não existe alternativas
O melhor conselho que recebi foi 'se vira'
É isso aí mano, o rap vive pô tá aqui a prova
Isso não é um simples manifesto musical
Caralho, é alma
Pra uns o louco, pra outros sábio
Dividido entre julgamentos, opiniões, comentário
Adepto em refuto à haters e suas convicções fantasma
Enquanto eu só tentava a fuga das lágrima e os trauma
Foda-se
Não vim tentar convencer ninguém a acreditar em mim
Cada um responde por si
Cansei de negar o óbvio, ser o Cristo em prol do próximo
Sem saber se o que mata mais é a opressão deles
Ou aceitação dos nossos
Menos pior que vários que um dia entre nós pregou
Anti Sistema, hoje iludindo seguidor
Onde verdade não engaja
Ainda opto ser um pouco do que restou
Esquecido em meio ao nada, mas que o hype não cegou
Nunca seria o Reinaldo
Enganando os meus por qualquer saldo
Mijo no whisky desses arrombado fabricado
Opiniões me moldam mas vale o que sei de mim
Em cada senhora vejo minha mãe
Em cada menina uma Yara e Yasmin
Tarde foi ontem, hoje ainda há tempo
Hiper focado, autêntico verdadeiro
Tudo o que faço eu amo, ou odeio
Em cada verso minha alma sei o que represento
Não brinque com isso
Vim de onde piadas geram lamentos, não risos
Onde tudo é contra você e não é vitimismo
Onde corpos não fala, eu continuo vivo
Nada mal para quem a primeira letra talvez
Tenha sido uma carta de suicídio
Nunca serei conivente ao circo desses cuzão
Os tempos mudaram eu não
Mesmo que tudo perca o sentido, sempre serei eu mesmo
Enquanto houver direito ao grito
Enquanto houver vida na ponta dos dedos
Enquanto houver vida na ponta dos dedos
Gedson no beat