No Ifá, a cabaça de Igbá Ketá
Encruzas que a vida dá!
Sabedoria malandra das ruas
Enfrenta a tirania, leis e penas duras
Valente manifesto, voz do povo
Berço do herói e vilão!
Findar a solidão, ser feliz de novo
Um capitão no sonho da migração
Encarar a fome, sorrir pra esperança
O bem vencer o mal, é hora da bonança!
Erguer a tenda dos milagres com fé
Sagrado e Profano? Amém, Axé!
Ôô! Sou Viramundo, coragem de soldado!
Um beijo no Asfalto
Ôô! Ecoa o clamor no país
Preconceito se combate na raiz
Viva a cultura dessa gente!
Nacionalismo enfim, sem triste fim
Nessa indústria de operários carentes
Ser informal, no corre-corre, não é ser marginal
Na educação, o dom de empoderar
Vale a lição, só Deus pode julgar!
Levanta, sacode a poeira e diz
Quem é da Cantareira é mais feliz!
Exú Enugbarijó, ê Laroyê
É boca que tudo come Moforibale!
Abre caminhos, Tucuruvi vai passar
O Anti-Herói Brasil não vai calar!