No sopapo a tabajara, vai tocar
Negrinho do pastoreio e Bará
Minha águia altaneira na passarela
Encanta o mundo azul e branco da portela
Quem sou eu?
Uma criança com histórias a contar
Com suas rezas, lendas e feitiços
Agô, adupê, babá
Quem tu és?
Mestre dos guerreiros e liberto a desvendar
Após passar pela Bahia
Aportou no rio grande e deslumbrou sua magia
Bate forte o batuque
Portela abraça custódio assim
Com ancestralidade da serra ao mar
O povo de axé vem celebrar
Na força da negritude surge o negrinho ingorossi a cultuar
Firmando no Sul o xirê
Na insistência do batuque
Fez a religião ir além mar
No cruzeiro do mercado, confirmando a sua fé
Pra igreja do rosário, simbolizando o povo do axé
Nossa porta estandarte ao lado do comanche imortal
Eu nunca vi coisa igual
Príncipe da burguesia tomando chimarrão
Na chamada de sankofa, de pés no chão
Negro, mulher e criança tem respeito e proteção
Zumbi é rei, a resistência evoluiu
É negritude, felicidade, o seu amém, o meu axé quem viu
Hoje somos maioria no Brasil