O surdo um da Mangueira
Se faz presente no norte do Brasil!
Mestre Sacaca, a entidade está aqui (diz aí)
É a Amazônia Negra na Sapucaí!
Vem, no ritual do turé, meu irmão
Que a mata canta em consagração
O saber do caboclo é poesia
Encantaria, cura e devoção
Vou na linha Caripuna
Palikur, Wajāpi, lahen já está pronta pra servir o caxixi
Segue a viagem entre mitos e emoções
Na correnteza dos ríos, deixa as águas me levar
Buscar memórias negras
E as mulheres do lugar
Experiências vividas no meio dos castanhais
Ó, ó, ó, Sacaca, és a magia da floresta
A Mangueira faz a festa
Com a cultura do Amapá
Eita! É pra curtir
As histórias envolventes
Do Oiapoque ao Jari!
Ewê, Ewê, E okearő!
Ó xamã babalaô!
Vim pra te exaltar
Pelas garrafadas das ervas que curam
E a mandinga do seu patuá
Vou no chamado que me guia, pra dançar o çairê
Tocador dobra essa caixa, faz o breque eu e você
Corre, nego! Pega, nego!
Vem pro toque do tambor
Na gira do Marabaixo
Que o Divino abençoou!
É carnaval
Salve o eterno rei Momo tucujú
Guardião da sagrada bandeira
Mastro das raízes ancestrais
Entre tranças, nagôs e os cocais
A personalidade brasileira
Enredo da Estação Primeira