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Confira a Letra Império Serrano 2026 - Hamilton Fofão

Samba Concorrente

Império Serrano 2026 - Hamilton Fofão

Sou eu, a flor do mulungu
Brilham os olhos d’água
Orayeyê! É de mamãe Oxum!
Sou Ponciá consagrada
Entregue às palavras e ao axé das ancestrais
Se tempos atrás ecoavam vozes do porão
Hoje reescrevo a história
Poesia a despertar nas pretas mãos
Nos becos da minha memória
Meu verbo é ouro de aluvião
Meu verso é barro de artesão

Pra Folia de Reis, chama vô e chama tio
Na Folia de Reis, vou vivendo por um Fio
Ô Lê Lê, lá vem batuque, pra cangira começar
Angorô, vira menino! Angorô, não vou virar!

Não é fácil emergir nesse contraste
Benevuto, a maldade, não quer me ver sorrir
No refúgio desses becos e vielas
De mãos dadas com Sabela
Eu só quero ser feliz
O Rio que me acolheu me ensinou também a florir
Vi muita gente de lá no rosto negro do povo daqui
Sou eu quem dá voz à caneta que silencia o fuzil
Me torno imortal no livro Brasil!
Malungo! Que Negro-estrela possa ser reconhecido
Sem o choro de um futuro interrompido
Por todo preto, escreviver!
A gente combinamos de não morrer!
Combinamos de não morrer!

É Kizomba de preta literatura!
É escrita sem censura no Império a florescer!
Casa de preto também é academia
Serrinha! Ponciá Yalodê!