O vento que bate em mim
Solta um canto por aí
Então preencho o silêncio
Diversos que canto assim
Uma coplita se solta
Com resmungos e esporas
Meu mouro mascando freio
Faz contraponto de volta
Sonhos também carrego
Debaixo do meu sombreiro
Por aí pitando naco
Sobre o pouso dos arreios
Vagamente ternura
Nas pitadas do palheiro
Palha de milho esperança
Incendiada de luzeiros
Que noite pra uma ronda
Nestas que juntam amigos
Desses de alma e guitarra
Que trazem sonhos consigo
Não é sempre que uma insônia
Se topa com meu cismar
Aí eu faço e desfaço
Com as cordas de guitarrear
Noites destas eu encontro
Sou alma e coração
A alma escuta sons
E o coração é um cantor