Se sonhamos, se fizemos
Não falo de hipnose ou regressão
Outros tantos que vivemos
Memórias cintilantes de verão
Com curare abatemos
Zarabatana, flecha
os dois no chão
Que a energia flua
Radiando o brilho
por outras manhãs
Uma fresta de luz
de outros tempos
Quando tudo
ainda virava ouro
Se ouvir com cuidado
os ecos daquela canção
Ao fim e ao cabo
dois sóis flutuando nas mãos
E o céu ao contrário
seus pés já não tocam o chão
Gemidos da Lua
qual elfos na escuridão
Prazeres erráticos
nos levam à saciação
Suas pernas, duas guarras,
carnívoras plantas
me queimam como um vulcão