Não procure entrar no meu cérebro
Todos os seus venenos e remédios
Podem te deixar um pouco tonto
Não procure descrever meus traços
Eu já tentei sintetizá-los
E já deu uns dez calhamaços
Meus olhos brilharam
Ao ver com emoção
Aquela criança vencer
Seu bicho-papão
Meu coração arde
Diante de cada som
Que tem transmutado
Minha tristeza em dom
Renasce em mim
Não sou robô, prego amor
E que haja o suficiente
Sou um mistério que me revelo
Através de cada gene
Não sou daqui, devo partir
Atrás do que me pertence
Meio ou fim, devo seguir
E desvendar minha gênesis