Mais um jovem preto foi assassinado
E o que é que você faz?
Postar textão na internet não adianta
A carne preta é cara demais!
Tentam justificar o assassinato
Culpando o preto asfixiado
Até a morte por um homem branco
Pois reclamou de estar sendo algemado
Um jovem preto foi assassinado
Enquanto saia da padaria
Tenho medo de sair de casa
E não voltar até o final do dia
Se tá escuro nós somos ladrões
Se corremos estamos fugindo
Se falo alto estou ameaçando
Aqui só quem pode gritar é rico
E privilegiado pela história
Desde os primórdios mais antigos
Eles tentam nos silenciar
Cala a boca, ô preto fedido
Eu não posso mais argumentar
Ele não, nem pode mais falar
A liberdade que foi conquistada
Está voltando a ser encarcerada
Será que a luta da democracia
Foi em vão e nada adiantou
A ditadura foi a ceifadora
Inocentes vidas nos tirou
Diretas já nossos jovens gritaram
Pra hoje, enfim, podermos escolher
Alguém que sim, possa nos liderar
E fazer nosso país crescer
Estamos vivendo uma distopia
Elegeram um ser repugnante
Alguém com o mínimo de inteligência
Veria que o Bozo era ignorante
O nosso presidente é genocida
E não se importa com a população
Afirmou até que a pandemia
Era uma gripezinha
Cloroquina, irmão!?
Será meu Deus, que existe solução?
Pra acabar com tanto sofrimento
Tanta gente morrendo entubada
Não há sequer balões de oxigênio
Hospitais entrando em colapso
E o que foi que ele afirmou?
Cala a boca que eu sou presidente
E não coveiro ou contador
Não há motivo para pânico
Isso também ele falou
Um vírus superdimensionado
Ele nem é tão destruidor
Tanta gente tá morrendo aqui
E a economia é o que lhe preocupa
Reclamou dos governadores
Que fizeram o que era seu trabalho
Agora deixa aqui essa canção
Demonstrado tanta insatisfação
Mas para rir ouça o último verso
Que os bolsominios nos entregaram
Cloroquina, cloroquina
Cloroquina lá do sus
Eu sei que tu me salva
Em nome de Jesus
2022 está chegando aí
Só um pouco mais de paciência
Quantas vidas mais vão nos custar
Para que bote a mão na consciência?