Todo menino é um rei, assim como o Gambá nos passinhos de favela (grr, baow)
Morreu no campo de terra o próximo na sucessão desse trono (shh)
Lá no meu bairro, são meses de guerra, e nem todo homem tá pronto (LEALL, LEALL, álibi)
Encruzilhadas da vida, na margem dessa esfera (grr, okay, okay)
Onde o filho chora, e a mãe ansiosa espera (grr, baow)
Inimigo dos, tsc, tornozeleira na perna
Rubin Carter Hurricane, forjadamente na cela (shi)
Eu tava no chão, e a minha solidão me botou na tela (na tela)
Tipo eu tava na Abolição, na situação onde o calo aperta (bastante)
Velha introdução de um jovem herói que ninguém venera
Antes da falsa consideração e a atenção que a vitória gera
Eu tento entender o motivo, na nossa vez, dinheiro é mazela (shi)
Um preto num condomínio, os olhares dizem: Volte pra cela
É tipo sair de um lugar perigoso e notar que o perigo é você que gera (shh)
A frustração me visita, bate na porta, eu deixo na espera
Tic-tac, a hora passa, a vida acaba, e a história fica (pow-row, pow, pow)
Dificilmente tu vê na notícia (aham)
Repare nos reflexos, as guerras com a polícia
Todo menino é rei
Os nossos precisam da ira (pow, pow, pow, LEALL, LEALL)
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