Cérebros andam soltos
Pelos vagões
Bocas cospem as regras
Dos vilões
Frases pairam perdidas
Aos milhões
Luzes ofuscam destinos
Por ilusões
Saquearam o mundo
E ninguém notou
Esperaram sentados
E o trem parou
Os que dormiam
O tempo atropelou
Alguns sonhos mendigam
Ainda por aí
Vindo, indo e vindo
Sem ter pra onde ir
Vindo, indo e vindo
Indo e vindo
Indo e vindo
Eu sou a filha do umbigo cósmico
Nasci do buraco negro do caos!
Me alimentem de sons
Não se desviem!
Deixem a luz do cosmos pulsar
Quero a faísca de um surto de ideias
Quero a palavra metralhando o nada!
E a poesia riscando a atmosfera pensante