Medeia

O meu conto em branco
Quero-vos contar
Talvez uma canção
Não de embalar
Quero que de mim saiam
Palavras sem perdão
Quero que de mim saiam
Rancores de ilusão
Sem nada a perder
Quero-vos dizer
Que estou num embaraço
A precisar de um abraço

Encantando a terra e os céus
Descubro montes vales e ilhéus
E ilhéus
E numa dança em redor da caldeira
Lanço feitiços, sou uma feiticeira
Uma feiticeira

Num cântico mágico, sonhos e medos
Encontro poderes, histórias e segredos
E segredos
Paixões e ódios, mundo de Medeia
Vinganças terríveis, sou uma feiticeira
Uma feiticeira
Declamo lembranças de sonhos de guerra
Mantenho a esperança dos deuses na Terra

Invoco deuses, o mal e o bem
Ferve o caldeirão tudo o que tem