Não Tenho Inimigos (Thorfinn)

Ó Odin, tenha pena dessa jovem alma
De pecados maculada

Filho de Thors, Thorfinn, esse é quem eu era
Um guerreiro desde novo, sempre sonha com a guerra
Sem saber as dores que a guerra traz
Mas pra entender isso, eu era novo demais

Não entendo as escolhas do meu pai
Ele é tão forte e nunca teria fugido (não)
Os Jomsvikings voltam, uma guerra se aproxima
E eu quero que cê me leve contigo (não)

Vejo que você me subestima
Nosso barco é atacado
Piratas querem tirar sua vida
E ele ia derrotá-los

Mas eu vi meu pai por flechas atingido
Ele teria o vencido
Askeladd maldito

Cê não era o mais forte
Pra vingar meu pai, vou trazer sua morte
Em um duelo honrado, eu vou matar você
Eu juro! Que eu vou matar você

Larguei minha alma
Tudo pra um dia te matar
Pra vingar meu pai, ainda respiro
Askeladd é meu inimigo

Vencê-lo eu ainda não consigo
De sangue, ruína e dor se molda o meu caminho

Já não tenho pra onde ir ou voltar
O meu destino é me vingar
Se eu conquistar um feito em batalha
Comigo cê vai ter que duelar

Com o tempo, minha visão se entorpece pela guerra
Por anos, naveguei ao lado de quem vou matar
Quando ficou tão simples tirar uma vida?
Não me importa a vida alheia, nem a minha

Assolado, me atormentam pesadelos
Não somos amigos, Askeladd, tá esquecendo?
Não existe diversão na guerra
É melhor no Askeladd ninguém tocar

Ele é minha presa
Você não irá morrer aqui, maldito!
Acorde e duele comigo!

Não há sentido em minha vida
Se for eu quem o matar!

Larguei minha alma
Tudo pra um dia te matar
Da minha vida, agora qual o sentido
Se eu não matei meu inimigo?

Pai, você teria vergonha
Do que me tornei

Escravizado, não faz diferença se eu continuar vivo
Não há vantagem ou sentido
No tempo em que vivi
Só lembro de sofrer, não sorrir

Einar, não mereço ser seu amigo
Sou um assassino
Já matei tanto, e nem lembro seus rostos

O que é preciso pra uma pessoa mudar?
Quem quero me tornar?
Tudo que destruí, vou construir em dobro

Vou livrar o mundo da guerra
Com a escravidão vou acabar
A tempestade pode crescer
Não vou usar da violência pra resolver

Graças essa fazenda, eu aprendi
Não vou deixar o Rei Canute a destruir
Posso aguentar 100 socos ou mais
Não há sentido em usar violência buscando a paz

Canute, eu fugirei
Para o mais longe possível
Eu não tenho inimigos
Ninguém tem inimigos

Não importa a distância
Pra quem sobra, ainda há uma esperança
Uma terra chamada Vinlandia

Corrompi minha alma
Nunca mais eu irei matar
Pai, cê tava certo desde o início
Eu não tenho inimigos

Ó minha mãe, perdão ter sumido tanto tempo
Ilva, perdão, não vi meus sobrinhos crescendo
Ó pai, sei que não há como me perdoar
Odin, tenha pena dessa pobre alma