Vários nem chegaram na minha idade
Consequência da maldade
Que essas ruas tem
Que essas nota tem
Vontade de vencer ou necessidade
Que deixa os menor a margem
Pra fazer uns refém
Busca umas de cem
Sem descanso até ter o necessário
Meu time avança
E dá trabalho pros adversário
Nos mete dança, e jogo, jogo
Parece até fácil
Mas né assim não menor
Foi correria pra caralho
Meu bairro me ensino
Que eu não posso abraça o errado
Que bom tá atento
Com quem cê vai colocar do lado
Que tudo que vai volta
E o retorno e sempre dobrado
E os menor tá chato
Igual carro forte
Sendo escoltado
E bolso lotado
O estado teme a revolta
E nos não tem nada a perder
E bom que abram-se as porta
Verdades sirvo igual torta
A indigestão vem logo a pós pra quem ouve e não suporta
Minha mina espera que eu volte
Com esse malote e viva
E minha mãe que eu volte pra igreja
E talvez mude de vida
Logo eu que nunca tive expectativa
Sobrevivi pela respeito
A todo chão que nos pisa
Vários nem chegaram na minha idade
Consequência da maldade
Que essas ruas tem
Que essas nota tem
Vontade de vencer ou necessidade
Que deixa os menor a margem
Pra fazer uns refém
Busca umas de cem
Onde a maldade sobra
Meu lado bom se complica
Eu me pergunto quem nos cobra
Quando a luta e sem conquista
Parceiro eu já nem sei
Nem quanto tempo faz
Esqueci o que é confiar
Num pá nem com a minha sombra
Pronto pra colidir
Nem tento desviar
Medo te faz vigiar
Quando a mente te assombra
No chão por muitas vezes
Tentativa, erro, consequência
Consciência de que tudo e na minha conta
Foram poucos prazeres
Muitos afazeres
Até que acorda arrebente
E ninguém segura as ponta
No fim são poucos pra contar
E se a voz falhar
Deus me defenda de cada dedo que aponta
A vida vai tá pra cobrar
Vem sem avisar
Numa jogada seu tabuleiro desmonta