Manhã me acalma como camomila
Aqui acho que eu posso respirar
Não entendi porque o mundo acabou
Tipo eu morri e nada aqui mais restou
Manhã me acalma como camomila
De mãos atadas não consigo atirar
Não entendi porque meu mundo acabou
Depois das 4:00 já não sei mais quem sou
Manhã me acalma como camomila
Eu me sinto trancafiado
Talvez seja ruim me sentir tão fragilizado
Às vezes me perguntam como é que eu tenho passado
Eu minto amedrontado de coração apertado
Olho pro teto e penso que absurdo
Me sentir um megalomaníaco que quer roubar o mundo
Achar que eu sou poeta escrever algo mais profundo
Ou tentar explicar porque às vezes me sinto imundo
Mas vou preparar um chá de camomila
Tentar olhar para o topo lá pro alto e atirar
E descobrir porque o mundo acabou
E por que mesmo assim me sinto parado no tempo
Ainda preciso dessa camomila
Pra eu não chegar no topo e de lá me atirar
Não vou tentar se o meu mundo acabou
Eu sou milhões de vozes Alguma delas me levou
O erro foi começar
Sério, talvez nem seja bom
Se pá viro chacota
Só por causa desse som
Cantando mas perdido
Eu me esforço, não é dom
Na falta de sentido
Que eu sigo buscando o Tom
Tô dentro de um labirinto correndo em vão
Tô preso dentro de um poço sem ninguém que Estenda a mão
Com crise de nervoso, corpo pesa no colchão
Mil noites melancólicas mil manhãs sem ação
Mas vou preparar um chá de camomila
Talvez até acerte onde eu quero atirar
Olhar de cima e ver o mundo que acabou
Desertos e ruínas de algo que já prosperou
Manhã me acalma como camomila
Aqui acho que eu posso respirar
Não entendi porque o mundo acabou
Tipo eu morri e nada aqui mais restou