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Confira a Letra O Enterro do Nego Geada (part. César Oliveira e Rogério Melo)

Capitão Faustino

O Enterro do Nego Geada (part. César Oliveira e Rogério Melo)

Lá no velório era baile entreveiro
Cachaça, riso e griteiro na capela imaculada
Assunto tinha de sobra pros mais metido
Juquinha tinha fugido e morreu o negro geada

Lá pelas tantas já deu outra confusão
Deram um chute no caixão e quebrou toda a madeira
Pra ir pro enterro antes que cantasse o galo
Ataram o morto a cavalo numa égua caborteira

Quando cruzaram no bolichão da esquina
O gaiteiro junto da china borracho saiu tocando
E a égua veia carregando o morto taita
Deu uma bufada na gaita e se arrastou corcoveando

E o caminho do enterro
Era trago e gargalhada
Um defunto gineteando por nome de negro geada
Fazendo a história do morto que não tombava por nada

E o caminho do enterro
Era trago e gargalhada
Um defunto gineteando por nome de nego geada
Fazendo história do morto que não tombava por nada

Viagem longa da capela ao cemitério
Vinha ao enterro gaudério volta e meia uma pegada
Vinha o defunto se sacundindo no espaço
Batendo cabeça e braço, mas com as perna bem atada

Um índio veio esperou dar uma trégua
Laçou do pescoço a égua e tirou o morto na coragem
Chegou o padre pra o enterro sem caixão
E o trovador na ocasião começou as homenagem

E a gauchada já encharcada da pinga, pai nosso
Enrolando a língua e atrapalhando as muié
E em terra fria despediu-se o negro geada
E por lembança as pataguada foi enterrado de pé

E o caminho do enterro
Era trago e gargalhada
Um defunto gineteando por nome de negro geada
Fazendo a história do morto que não tombava por nada

E o caminho do enterro
Era trago e gargalhada
Um defunto gineteando por nome de nego geada
Fazendo história do morto que não tombava por nada

Que não tombava por nada
Que não tombava por nada

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