Oh, oh, oh, oh, oh!
Oh, oh, oh, oh, oh!
Oh, oh, oh, oh, oh!
Nasceu numa mata serrada
Chamada de salgadinho
Passaram dois ou três anos
Só seus pais como vizinho
Oh, oh, oh, oh! Vida de gado!
Oh, oh, oh, vida de gente!
A vida do gado e do povo
Não é tão diferente!
Um dia José Carneiro
Resolveu mandar lhe ferrar
Contratou o melhor vaqueiro
De nome João Sarará
Montado em seu alazão
Partiu, a lhe procurar
Mas quando o touro lhe avistou
Começou logo a urrar
Oh, oh, oh, oh! Vida de gado!
Oh, oh, oh, vida de gente!
A vida do gado e do povo
Não é tão diferente!
Vaqueiro bom não tem medo
Danou-se logo a boiar
Dizendo oh touro preto
Eu vim para te levar
Nesse dia ele levou azar
Não deu mais para escapar
Pulou cerca e quebrou pau
Mas foi parar no curral
Oh, oh, oh, oh! Vida de gado!
Oh, oh, oh, vida de gente!
A vida do gado e do povo
Não é tão diferente!
Tentou fugir novamente
Querendo pra mata voltar
Mas o seu dono de repente mandou
Foi lhe fuzilar
A história desse touro preto
Morto pelo fuzil
Lembra a história de muita gente
Também morta nesse Brasil
Oh, oh, oh, oh, oh!
Oh, oh, oh, oh, oh!
Oh, oh, oh, oh, oh!
Vaqueiro bom não tem medo
Danou-se logo a boiar
Dizendo oh touro preto
Eu vim para te levar
Nesse dia ele levou azar
Não deu mais para escapar
Pulou cerca e quebrou pau
Mas foi parar no curral
Tentou fugir novamente
Querendo pra mata voltar
Mas o seu dono de repente
Mandou foi lhe fuzilar
A história desse touro preto
Morto pelo fuzil
Lembra a história de muita gente
Também morta nesse Brasil
Oh, oh, oh, oh! Vida de gado!
Oh, oh, oh, vida de gente!
A vida do gado e do povo
Não é tão diferente!