Ignomínia

Candelária, Columbine
Auschwitz, Abu Graib
Treblinka, Timor leste
Angola, Nairob, Bucareste
Sarajevo, Zrebrenica
Guantanamo, Guernica
Oklahoma, Hizbollah
Riocentro, Beirute, Bagda
Nagazaki, Teerã
Varsóvia, Vietnã
Granada, Moçambique

Carandiru, Cambodja, Munique
Ignô Ignô Ignomínia
Ignô Ignô Ignomínia
Ignô Ignô Ignomínia
Hiroshima, Tianammen
Londres, Yemen
Nova Iorque, La Moneda
CIA, DOI-Codi, Al Qaeda
Kashimira, Madrid
Sorbibor, Ryadh

Grosny, Albânia
ETA, IRA, Mossad
KGB, Ku Klux Klan
Beslan, Taleban
Praga, Nuremberg
Eldorado dos Carajás

E onde tombarem uma Marielle se levantarão milhares
Da maré à Sumaré filhas de reinos milenares
A justiça no machado, Vingança na tempestade
Nosso grito é fortaleza e não há bala que nos cale
Nem mão que nos pare, vamos contra a correnteza
Nós, flores do fronte, gigantes por natureza
Em tempos de guerra, sagradas como a terra

Filha de Nizinga, Dandara vive em mim
Seus tanques e golpes, máquinas de morte
Uma pela outra, saca? Fez de noz mais fortes
Nossa malandragem dá graça e força pra lutar
Se outras guerras eclodirem sei de que lado eu vou estar
Pra que nossos erês não morram mais Wnos braços da gente
Cláudia presente, theusa presente
Inevitavelmente morri e voltei mais resistente
A revolução é preta e virá pelo nosso ventre

Vai ter a hora certa, de saber que gritar demais é ação pouca
Que fazer paz é coisa pouca, que atrapalha
E que tem coisa que só resolve com o silêncio que vem
Depois do surdão
Que vem depois das ruas longe da paz
Depois de que o verbo responder venha conjugado na
Mesma medida que conjugam o ódio em cima de nós